A coluna de hoje é sobre motivação. E para falar
sobre o tema, convidamos uma "prata da casa" que entende do assunto. A nossa colega
Adriana Gusmão, da Escola Judicial, é profissional coach e dá as dicas:
Como
anda a sua motivação?
É muito natural a oscilação da
nossa motivação, não é verdade? Muitas vezes, acreditamos que isso se deve aos
acontecimentos diários, que, normalmente, independem da nossa vontade. É
interessante compreendermos que a motivação é intrínseca. Isso significa que
ela depende, única e exclusivamente, de nós mesmos. E, na verdade, o que
recebemos na interação com outras pessoas são apenas estímulos.
Vamos parar um instante e fazer uma
reflexão:
Como você administra os
acontecimentos externos? E os feedbacks? E os desafios aos quais é
exposto diariamente?
Como uma inspiração? Um impulso?
Um incentivo? Você os utiliza como um obstáculo que paralisa e desanima?
|
Muitas respostas podem surgir, poderíamos
passar horas e horas enumerando alguns tipos de estímulos e quais seriam as
reações esperadas, trazendo-nos pouco ou nenhum resultado positivo, apenas
justificativas. E o nosso objetivo aqui é compreender como manter a motivação
em alta. Vamos, primeiro, entender o seu conceito.
Motivação significa mover-se em busca de uma
meta. É o que impulsiona uma pessoa a agir ou deixar de agir, ou até mesmo a
ter uma conduta específica. Refere-se ao comportamento individual dos seres
humanos que buscam um propósito em qualquer área.
Pausa para fazer outra reflexão:
Você sabe aonde quer chegar? Ou você deixa a
vida te levar, sem rumo ou direção? O que você pode fazer para melhorar sua
motivação? Caso você pudesse medir sua motivação na sua área profissional,
que nota daria?
|
É importante destacar que a motivação facilita
a escolha do melhor caminho a seguir, e que o agir depende dos desejos,
carências, ambições, apetites, amores, além dos ódios e medos.
Durante a nossa vida, quantas vezes nos
sentimos desmotivados? E quando estamos assim, tendemos a procurar algo que nos
faça seguir em frente. Para superar esse desânimo, fiz uma lista de dez dicas,
adaptadas de MARQUES [2013], que vão ajudá-lo a ter mais motivação, mesmo
quando o cenário não seja tão animador.
Definir metas realistas: defina metas
possíveis e inspiradoras. E para conquistar metas maiores, pode-se desdobrá-las
em metas menores. Isso possibilita acompanhar o seu desenvolvimento e não
desanimar.
Manter o foco: alguns comportamentos
tendem a desviar a atenção do que é essencial. Mantenha o foco ao realizar suas
tarefas, não se envolva em conversas desnecessárias e evite passar muito tempo
conectado em redes sociais.
Investir no
autoconhecimento:
ajuda a definir quais são os objetivos a serem traçados, isso facilita fazer
escolhas melhores.
Investir em
qualificação:
faça cursos, mantenha-se atualizado. Adquira novos conhecimentos, habilidades e
atitudes. Quanto mais conhecimentos técnicos e comportamentais você tiver, mais
preparado estará para realizar seu trabalho, alcançar o reconhecimento e para
aproveitar as oportunidades que surjam.
Cultivar bons
relacionamentos:
saber se relacionar bem favorece o desenvolvimento de suas competências e ajuda
a manter a harmonia do ambiente organizacional.
Aproveitar o tempo
livre:
dar atenção à sua vida pessoal. Após o trabalho, descanse, saia e divirta-se.
Isso é essencial para manter o equilíbrio físico e mental.
Manter a autoestima
equilibrada:
a autoestima é a base de sustentação de todo ser humano, é o que ergue as
pessoas para enfrentar os desafios da vida. Quando a autoestima está baixa, as
pessoas tendem a reclamar de tudo e não conseguem encontrar, na própria
personalidade, fatores que deem forças para desempenhar um bom trabalho.
Ser proativo: seja
responsável pelos seus próprios atos. Assuma responsabilidade e riscos. Utilize
o feedback para extrair o aprendizado. É importante compreender que tudo
na vida tem seu lado positivo. Que tal priorizá-lo?
Organizar e administrar o tempo: quanto mais descomplicar a sua rotina, mais eficiente você
será. Administrar seu tempo com foco significa realizar mais, em menos tempo e
com melhores resultados.
Aceitar novos desafios: adquirir mais
confiança em si mesmo, já que os resultados dependem de seus esforços.
Movimente-se! Saia da inércia e tome mais iniciativas.
Acreditamos que seguir as estratégias acima
também pode nos ajudar a manter a autoperformance e a realizar mudanças
comportamentais necessárias para conquistar as metas estabelecidas. Animados?
Que tal começar a praticá-las na sua rotina? E mensurar os resultados ou as
recompensas desses novos comportamentos?
Adriana Gusmão – analista judiciária do TRT-2 e
profissional coach