Como diria Tom Jobim, “é impossível ser feliz sozinho” e isso vale também para o ambiente de trabalho. Naturalmente, criamos vínculos de amizade com os colegas, afinal de contas, é sempre bom compartilhar que o trânsito estava péssimo, o ônibus lotado e para completar, começou a chover e seu guarda-chuva virou com a força do vento.
Quem ouve seu desabafo, na maioria das vezes, não consegue resolver o problema, mas só o fato de ser ouvido, alivia a tensão e você se sente acolhido no ambiente onde permanecerá pelas próximas oito horas. É a tal da empatia. O problema é que algumas pessoas transformam a vida em um reality show e os colegas, mesmo sem querer, são os telespectadores.
O espaço corporativo não é consultório sentimental. Reclamar todos os dias da mesma coisa, problemas familiares, vida sentimental, as contas para pagar, fofocas da vizinha e de membros da equipe são assuntos inconvenientes, que demonstram falta de bom senso. É importante lembrar que, além da competência técnica, o comportamento tem peso importante na avaliação do funcionário.
As relações profissionais não são iguais às amizades pessoais. Nada impede que um colega se torne um amigo, porém, há o momento certo para cada situação. Prefira chorar as pitangas fora da estação de trabalho, assim não incomoda e não dá margem para comentários equivocados.