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"Não tenha pressa. Mas não perca tempo". (José Saramago)

quarta-feira, 14 de setembro de 2016









Querido diário,

os anos passaram, eu cresci e te abandonei em uma gaveta empoeirada junto com outros papéis velhos. Sinto saudades do tempo em que te contava tudo o que acontecia na escola e enchia suas páginas com dedicatórias para aquelas boy bands dos anos 80/90. Há um tempo, conversando com minhas amigas, descobri que elas também tinham um confidente e o mais improvável: elas leram os registros de uma outra menina, chamada Anne Frank.
A Anne tinha 13 anos e colocava no papel os seus problemas e os de seu povo. Ela não se dava muito bem com a mãe, o que já é chato. Mas o pior é que ela era alemã, de origem judaica bem na época do Holocausto. Para sobreviver, a adolescente e sua família tiveram que fugir de Frankfurt para se esconderem em Amsterdã, na Holanda. Pena que não adiantou...

O que a Anne escreveu, em meio à guerra, é uma lição de tolerância e respeito, duas coisas básicas que a gente esquece de praticar. O responsável por tornar “O Diário de Anne Frank” público, em 1947, foi o pai dela, como uma forma de realizar o sonho da menina de ser jornalista. 

Gostou de saber que suas folhas preservam a história das pessoas e podem inspirar outras? Vocês, caderninhos de capas coloridas, são muito chiques mesmo. 

Nesse momento nostálgico, vou anotar que minha próxima leitura será “O Diário de Anne Frank”. Tomara que encontre a nova edição, com fotos e trechos inéditos. Agora, vou te colocar de volta na gaveta. Talvez, um dia, alguém transforme minhas recordações em livro. Já pensou?