Responda rápido: Capitu traiu Bentinho? Desde 1899, Machado de Assis deixa seus leitores com a pulga atrás da orelha, porque há argumentos para quem defende e para quem questiona a fidelidade da protagonista “oblíqua e dissimulada”. Tanto mistério e uma narrativa que ata as duas pontas da vida de um homem “maria vai com as outras” fazem de “Dom Casmurro” um clássico da literatura nacional.
Bentinho já nasceu com o destino definido por sua mãe, Dona Glória. Fruto de uma promessa, ele foi enviado para o seminário. Contudo, o menino não tinha a menor vocação para o sacerdócio, sua vontade era ficar com Capitu, sua vizinha e paixão de infância.
Capitu era esperta e conseguiu convencer D. Glória a tirar Bentinho do seminário. Longe da batina, Bento Santiago casou-se com seu amor platônico, e seu melhor amigo, Ezequiel de Souza Escobar, uniu-se à melhor amiga de Capitu, Sancha. Perfeito, quase um conto de fadas!
Até que Escobar morre e no velório, Bentinho percebe que Capitu estava emocionada demais, além do normal para a situação, e que seu filho, batizado como Ezequiel em homenagem ao amigo, era a cara do falecido. Aí virou quase um teste de DNA do “Programa do Ratinho”, só que com um pouco mais de classe, porque tudo se resolveu na Europa.
Por muitos anos, “Dom Casmurro” foi tema dos vestibulares, por isso, você já deve ter lido. Mas, depois de tanto tempo, será que seu entendimento sobre a história ainda é o mesmo? Faça a experiência.
Um clássico desses é presença certa na Biblioteca Dr. Nebrídio Negreiros, que fica no 10º andar do Fórum Ruy Barbosa. E se você não é lotado naquele prédio nem no Ed. Millenium, é possível solicitar a entrega do livro via malote na sua unidade. Acesse, no portal do Tribunal, a aba Institucional / Biblioteca (ou clique aqui) e saiba como.
Como curiosidade, a biblioteca tem ainda um artigo que pode ajudar a elucidar a nebulosa traição/fidelidade de Capitu. Há um artigo intitulado “A capitu de Dom Casmurro: vítima ou ré de um libelo?”, publicado em uma edição da Revista da Faculdade Mineira de Direito de 2007.
É bom lembrar ainda que o livro é bem fácil de encontrar, quem sabe não tem um exemplar na estante da Roda dos Livros da sua unidade...